sábado, 10 de maio de 2014

A convulsão potencial de um coração auto-destrutivo

Você acreditaria se eu Lhe dissesse
Que esta carcaça em putrefação
É receptáculo de sentimentos intensos
Os quais sinto e preservo por Você?

Quantos dias gastei
E quantos precisarei de gastar?
Pra prová-Lo que meus neurônios
Se contorcem só de processar
A Sua imagem residual?

Pra fazê-Lo compreender
Que o hábito viciante de banhar-me
Em Suas sombras embriagantes
Causou-me dependência, angústia
E fez esta carcaça ter overdose de adrenalina?

Você sabe como é?
Mal conseguir dormir à noite
Porque seu cérebro insiste
E o força a ver imagens
As quais estimulam e simulam
Os sentimentos mais bizarros?

Estas células viciadas e putrefeitas
Sabem muito bem disso
E não conseguiram descansar
Na noite cataclismática insana
Repleta de frenesi
Pela qual minha mente passou

Noite a qual eu não desejaria a ninguém
Devido a todo sufoco que eu tive de experimentar
Noite a qual eu não recomendaria a ninguém
Por toda a tortura que foi não conseguir quietar
Uma mente frenética e testemunha do infinito

Este corpo quis desaparecer por completo
No dia em que descobriu que não poderia ter
Aquilo que mais amava e ambicionava
Sucumbindo em pesadelos noturnos

Toda a saúde de meu minúsculo ser se foi
Junto de todas as suas grandezas
Junto de todas as suas belezas

E agora apodrece
Após testemunhar a convulsão nervosa
Oriunda de todo meu vício em Suas sombras
E oriunda do dia cataclismático
No qual tive a certeza de que entre nós dois
Há apenas nefastas incertezas

(From the Carcass, to whom it may concern)

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