Cala-me indiretamente
E confunde minha mente
Através de tolas proposições
Às quais não são permitidas oposições.
Tudo o que você faz é manipular as informações
Para não permitir que meu processo cerebral prossiga.
Pois lhe é conveniente uma sociedade em ignorância
Onde eu e todo o resto somos obrigados a engolir suas verdades.
Você se acostumou com esse regime alienante
E se convenceu de que ninguém seria ousado o suficiente
Para questionar o que há atrás de sua imagem social triunfante.
Mas note que silêncio não significa ausência de pensamento.
Algo falou mais do alto que a ética da identidade,
E agora sou o hospedeiro de uma verdade incerta.
Mas não precisa de tentar se livrar de mim por tanto,
Pois a ameaça está na sua paranoia de preservação.
Você reparou na gafe que foi
Apostar seus sentimentos em mim
Quando tudo o que eu menos queria
Era ter malditas opções de amor.
E desculpe-me, não é você que me fará acreditar
Na mutação histórica que você mesmo gerou.
Pois a controvérsia de suas proposições
Ainda é mais legítima que elas próprias.
Compreenda que, um dia, a civilização pela qual você tanto zela,
Através de seus cuidados "em virtude" da ignorância,
Arruinar-se-á irremediavelmente.
Pois eu não serei o único hospedeiro
De uma verdade incerta.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
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